Queimadas: Mulheres violentadas em aniversário recebem apoio do Estado
A gerente operacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Cândida Magalhães, seguiu para Queimadas
No último sábado, 11, mulheres foram violentadas durante uma festa de aniversário na cidade de Queimadas, e duas delas foram assassinadas cruelmente. O crime, que está sendo amplamente divulgado pela mídia local, chocou pela forma como foi “elaborado”. O pedido de “um presente de aniversário” seria o motivo da violência.
Na manhã desta quarta-feira, 15, a gerente operacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Cândida Magalhães, seguiu para Queimadas para mobilizado um trabalho de suporte e apoio para as mulheres que foram estupradas pelos criminosos e suas famílias.
A articulação está sendo feita a partir do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). "Estamos à disposição para auxiliar na proteção e oferecer apoio psicológico às cidadãs que foram vítimas desse crime brutal, e também às suas famílias. Nosso Centro de Referência da Mulher e Casa Abrigo estará aberto para elas. Também conversamos com o prefeito de Queimadas, José Carlos de Sousa Rego, para reiterar nossa participação nesse momento extremamente difícil para a população do município”, ressaltou a titular da Semdh, Iraê Lucena.
Para a secretária executiva Gilberta Soares, o caso é um episódio de grave violação dos direitos humanos das mulheres e expõe o machismo que trata as mulheres como objeto de exploração. "A punição dos agressores, além de fazer justiça diante da dor das vítimas e familiares, colabora para coibir esse tipo de prática, comum na cultura machista”, disse.
O caso
De acordo com a polícia, em depoimento eles revelaram que uma festa de aniversário foi montada com o intuito de atrair seis mulheres ao local do crime. Para realizar seu intuito, Eduardo teria combinado com o irmão, e pelo menos mais seis homens, um suposto assalto. Durante a festa, um grupo de quatro homens encapuzados e mascarados invadiram o local e seis das dez mulheres que estavam na casa foram levadas para um dos quartos pelo grupo (com a ajuda de mais dois homens que já estariam na festa), onde foram estupradas.
Depois que as vítimas foram trancadas no quarto, Luciano e o irmão também teriam ido até o quarto para participar do estupro. A professora Isabela Pajuçara, 28 anos, e a secretária Michelle Domingos, 29, teriam reconhecido os irmãos e foram assassinadas a tiros. Na segunda-feira (13), uma equipe formada por cerca de 60 policiais civis e militares de Campina Grande prendeu nove homens acusados. Além dos irmãos que teriam planejado o crime, foram presos Luan Barbosa do Nascimento, Jacó de Sousa, Everton da Silva Santos e Diego Rego Domingues, que foram autuados em flagrante e encaminhados ao presídio do Serrotão, em Campina Grande.
Também foram apreendidos três adolescentes. Com o grupo, a polícia encontrou uma pistola .40 com vasta munição, uma espingarda calibre 12, um revólver calibre 38 e uma pistola de pressão. O crime está sendo investigado pela delegada titular de Crimes contra a Pessoa (Delegacia de Homicídios), Cassandra Maria Duarte Guimarães.
da Redação (com assessoria)
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