Fotos: Vanessa Silva/ NE10 PB
A história de José Francisco da Silva Neto, 18, é daquelas que dá gosto contar. O ex-menino de rua que hoje ocupa a 2ª melhor colocação na categoria open do surfe nacional tem enchido de orgulho os colegas e frequentadores do Bar do Surfista, na Praia de Intermares, em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. É conhecido por todos da área como "Fininho", referência ao menino franzino que chegou por ali aos 9 anos, época em que pedia esmola com um dos irmãos mais novos em frente a uma padaria nobre da região.
Quem apenas vê os voos de Fininho sobre a prancha ou conhece sua premiada trajetória no surfe não consegue mensurar a reviravolta que o esporte proporcionou na vida do garoto. Ele saiu da comunidade do Jacaré, em Cabedelo, para ganhar as ruas do bairro de Intermares depois que os pais - dependentes de álcool - perderam tudo que tinham, inclusive o lugar pra morar. "Minha vida mudou completamente. Eu nem sonhava chegar onde estou hoje, nem que ia me apaixonar assim pelo surfe. Mas graças a Deus aconteceu", conta ele, com um sorriso estampado no rosto que, de tão largo, não deixa a menor dúvida do amor e gratidão que nutre pela modalidade.
Da quantidade de troféus que ganhou, já até perdeu as contas. Aliás, prefere nem saber o número que é pra não dar azar. "Eu prefiro nem contar. Só sei que tá faltando espaço já em casa pra guardar, vou ter que arrumar uma caixa pra desafogar um pouco", brincou.
O menino saiu das ruas e foi parar nos pódios. Junto com a simpatia dos funcionários e frequentadores do Bar do Surfista, ganhou também lugar pra morar. À princípio um quartinho na sede da ONG Guajiru, vizinha ao estabelecimento. Hoje, Fininho tem casa, comida, roupa lavada e até uma nova família: foi convidado pela diretora da instituição a morar com ela, o marido e o filho.
Com Seu Valdir, Dono do Bar do Surfista, que nem se esforça para exibir o orgulho que sente do menino
A primeira prancha de Fininho foi dada por Seu Valdir, dono do bar do Surfista. Ele tirou o garoto e o irmão da rua em frente à padaria e ofereceu-lhes comida, surfe e um lugar pra dormir. A única condição imposta era que as crianças voltassem a estudar, proposta que o hoje vice-campeão de Open Surfe topou imediatamente. Foi alfabetizado por uma moradora do bairro (dona Lenira), e hoje cursa o 9º ano do ensino fundamental. Quer terminar o ensino médio e se mudar para o Rio de Janeiro, onde acredita ter maior possibilidade de conseguir patrocínio e se profissionalizar no esporte.
No Bar do Surfista, o orgulho está estampado nas paredes de madeira. São vários os pôsteres e reportagens sobre Fininho colados para não deixar ninguém esquecer o resultado do casamento entre oportunidade e esforço. Ao olhar hoje para o menino que ajudou a tirar das ruas, Seu Valdir não consegue impedir as lágrimas de marejarem os olhos. "Nunca vou esquecer o dia em que eu vi esse menino entrar na padaria onde ele pedia esmolas, todo arrumado, com um walkman daqueles bem irados e tirar da pochete a carteira pra pagar por um danone. Foi uma coisa que me deixou feliz até comigo mesmo".
O menino saiu das ruas e foi parar nos pódios. Junto com a simpatia dos funcionários e frequentadores do Bar do Surfista, ganhou também lugar pra morar. À princípio um quartinho na sede da ONG Guajiru, vizinha ao estabelecimento. Hoje, Fininho tem casa, comida, roupa lavada e até uma nova família: foi convidado pela diretora da instituição a morar com ela, o marido e o filho.
Com Seu Valdir, Dono do Bar do Surfista, que nem se esforça para exibir o orgulho que sente do menino
A primeira prancha de Fininho foi dada por Seu Valdir, dono do bar do Surfista. Ele tirou o garoto e o irmão da rua em frente à padaria e ofereceu-lhes comida, surfe e um lugar pra dormir. A única condição imposta era que as crianças voltassem a estudar, proposta que o hoje vice-campeão de Open Surfe topou imediatamente. Foi alfabetizado por uma moradora do bairro (dona Lenira), e hoje cursa o 9º ano do ensino fundamental. Quer terminar o ensino médio e se mudar para o Rio de Janeiro, onde acredita ter maior possibilidade de conseguir patrocínio e se profissionalizar no esporte.
No Bar do Surfista, o orgulho está estampado nas paredes de madeira. São vários os pôsteres e reportagens sobre Fininho colados para não deixar ninguém esquecer o resultado do casamento entre oportunidade e esforço. Ao olhar hoje para o menino que ajudou a tirar das ruas, Seu Valdir não consegue impedir as lágrimas de marejarem os olhos. "Nunca vou esquecer o dia em que eu vi esse menino entrar na padaria onde ele pedia esmolas, todo arrumado, com um walkman daqueles bem irados e tirar da pochete a carteira pra pagar por um danone. Foi uma coisa que me deixou feliz até comigo mesmo".
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