QUINTA-FEIRA, 10 DE MAIO DE 2012
ESSA GUERRA PRECISA ACABAR...
Recebi um material sobre a violência contra as mulheres e resolvi que hoje seria o nosso tema.
O mais recente retrato sobre a situação da violência contra a mulher no Brasil continua mostrando ainda vários hematomas na conduta deste tema.
No Brasil, o sétimo país do mundo em violência contra a mulher, uma triste posição no rankig, temos dados estarrecedores para uma nação governada por uma mulher, que já conseguiu colocar a maioria de suas crianças na escola, cuja quase totalidade dos lares tem televisão e onde quase metade das mulheres está no mercado de trabalho.
Por trás dessa aparente modernidade de uma sociedade que hoje é em sua maioria urbana, permanecem hábitos medievais, como a agressão física: mais da metade, para ser mais exato, oito em cada 10 brasileiros, conhece alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.
As razões apresentadas pelos homens beiram aquilo que os juristas qualificam como “motivo fútil”: ciúme, no topo da lista, com 38% das justificativas apresentadas pelos homens; em seguida vem bebida e alcoolismo (33%), traição (21%), “fui provocado” (19%), problemas econômicos (18%) e até um desconcertante “não tive motivo” com 12% de menções.
Na contagem geral, 46% atribuem a violência contra a mulher a fatores culturais, ou, se preferir: machismo.
No Brasil somente em 2011, 4.297 foram mortas, quando temos um ano com 365 dias correntes, sendo que a cada cinco minutos uma mulher sofre algum tipo de violência.
Perguntadas porque permanecem em um relacionamento violento, 27% das mulheres informaram não ter condições econômicas.
No Brasil somente em 2011, 4.297 foram mortas, quando temos um ano com 365 dias correntes, sendo que a cada cinco minutos uma mulher sofre algum tipo de violência.
Perguntadas porque permanecem em um relacionamento violento, 27% das mulheres informaram não ter condições econômicas.
Um quinto do estudo declarou falta de condições para criar os filhos (20%).
Mas preocupantes 17% confessaram que continuam no relacionamento porque tem medo de serem mortas se romperem.
Dos 80% de pessoas que conhecem alguma vítima, 63% disseram ter tomado alguma atitude.
O número é parrudo, mas ainda está longe de mostrar uma condenação unânime (100%) à violência contra a mulher.
Aliás, o próprio entendimento do que é violência ainda é difuso. Tanto que enquanto 27% das mulheres entrevistadas declararam já ter sido vítimas de violência doméstica, apenas 15% dos homens admitiram ter praticado esse crime.
Para 11% das mulheres e 20% dos homens entrevistados, empurrar a mulher não merece punição judicial, algo que também não deve se aplicar a quem xinga regularmente a mulher para 8% delas e 18% deles.
Apenas 6% dos entrevistados reconhecem que obrigar a mulher a fazer sexo contra sua vontade é violência sexual.
E a violência patrimonial, mencionada na Lei Maria da Penha, sequer foi mencionada de forma espontânea.
O lado bom é que 62% já reconhecem a violência psicológica.
Do total de 27% de mulheres que declararam ter sofrido violência grave, quase a metade (47%) foi vítima de agressões físicas ou de humilhação (44%).
A quase totalidade da amostra (94% ) conhece a Lei Maria da Pena, mas apenas 13% sabem o conteúdo: a maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.
Pior: 59% das mulheres não confiam na proteção jurídica e policial em caso de violência doméstica, percentual que desnuda a incapacidade do Estado de proteger estas vítimas escondidas no seio da família brasileira.
Pior: 59% das mulheres não confiam na proteção jurídica e policial em caso de violência doméstica, percentual que desnuda a incapacidade do Estado de proteger estas vítimas escondidas no seio da família brasileira.
Até quando iremos suportar tamanha brutalidade ?
A violência não se dá somente na agressão física, se dá no olhar de repreensão, se dá no abandono, se dá na falta de amor ao próximo.
Vamos dar um basta !
Só nós podemos acabar com estes números dignos de uma GUERRA !
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