Reitor Rômulo Polari continua ataque
à democracia universitária
O Reitorado do professor Rômulo Polari está se encerrando em meio a um profundo ataque à democracia universitária. Em nota divulgada na terça-feira, 15 de maio do corrente ano, Rômulo Polari anuncia que as eleições para Reitor deste ano terão o acompanhamento do setor de inteligência da Polícia Federal. Tenta justificar essa atitude por conta do que ele classifica como “crescente onda de conflitos no processo eleitoral da Universidade Federal da Paraíba”, tidos como deprimentes pelo Reitor na citada nota.
Num ponto, temos acordo com o Reitor Rômulo Polari. Realmente, existem no atual processo sucessório da UFPB fatos deprimente, como ele argumenta. Todos gerados pela Comissão Eleitoral indicada pelo atual Reitorado, que sem pestanejar iniciou a tal “onda de conflitos” citada pelo Reitor. Esta Comissão Eleitoral, de forma profundamente arbitrária e antidemocrática, contando com o respaldo do Reitor, DESCUMPRIU o regimento eleitoral aprovado pelo Consuni, ao decidir – repetimos, de forma arbitrária e antidemocrática – que as urnas eleitorais seriam centralizadas na Central de Aulas, ao contrário do que diz o regimento supracitado, em seu artigo 35, e, principalmente, a tradição democrática da UFPB. O que o Reitor classifica como “fatos deprimentes” o que teria ocorrido no debate cancelado na última quinta-feira, é culpa e responsabilidade da Comissão Eleitoral, que tem atuado de forma parcial no atual processo eleitoral, procurando beneficiar a candidata da situação, Lúcia Guerra.
Para favorecer tal candidatura, o Reitor Rômulo Polari não mede esforços. Para coroar seu ataque à democracia universitária, o Reitor anuncia em nota divulgada no site da instituição, a convocação da Polícia Federal para acompanhar as eleições deste ano. Com isso, o Reitor não apenas rompe de vez com a democracia universitária (construída com muito esforço por professores, estudantes e servidores técnico-administrativos), como também sinaliza o seu compromisso com a repressão aos setores organizados na universidade. A Reitoria da UFPB, com isso, mostra que não aprendeu com os recentes acontecimentos da USP, onde a entrada da polícia só serviu para construir mais tumultos e perseguições ao movimento organizado e legitimo naquela comunidade universitária.
Assim, REPUDIAMOS a atitude do Reitor Rômulo Polari em convocar a Polícia Federal para acompanhar as eleições deste ano, ao mesmo tempo que chamamos todos as forças políticas que atuam na universidade a fazerem o mesmo, para que possamos ter na universidade a liberdade de expressão e de organização garantidas.
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