É grande o movimento na sede da PF (Crédito: Aguinaldo Mota)
Presos são acusados de formarem milícias com armamento ilegal
Um delegado da Polícia Civil, oficiais da Polícia Militar e um agente penitenciário já se encontram presos na sede da Polícia Federal, na cidade de Cabedelo. Eles foram detidos na manhã desta sexta-feira, 9, durante a operação Squadre, deflagrada pela PF, para o cumprimento de 75 mandados judiciais, entre prisões, conduções coercitivas e busca e apreensão.
Os nomes dos presos ainda não foram divulgados pela PF que concederá entrevista coletiva às 9h30 na sede do órgão, no bairro de Intermares, em Cabedelo.
Segundo nota divulgada pela PF, cerca de 400 policiais federais estão dando cumprimento a 45 mandados de prisão, 11 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão, totalizando 75 medidas judiciais, em sua maioria na região metropolitana de João Pessoa.
Imprensa e curiosos se posicionam na frente da PF (Crédito: Aguinaldo Mota)
Imprensa e curiosos se posicionam na frente da PF (Crédito: Aguinaldo Mota)
A Operação tem o objetivo de desarticular grupos de milicianos, compostos por integrantes de forças policiais locais e particulares, que atuavam em todo o estado, realizando segurança privada clandestina com emprego de mão de obra não-habilitada, despreparada e portando armamentos ilegalmente.
Durante a investigação das organizações criminosas desarticuladas constatou-se, ainda, a prática de diversos crimes, dentre os quais o tráfico ilícito de armas, lavagem de dinheiro, extorsão, corrupção e a atuação de um grupo de extermínio.
Entre os presos na Operação Squadre estão integrantes de três diferentes milícias.
Entre os presos na Operação Squadre estão integrantes de três diferentes milícias.
A primeira é composta por policiais militares, policiais civis, um agente penitenciário e particulares, que atuavam como “grupo de extermínio”, principalmente na região metropolitana de João Pessoa. As vítimas eram em geral presos e ex-presidiários, executados em razão de “acertos de contas”.
O outro grupo era comandado por oficiais da Polícia Militar e realizava segurança privada clandestina, bem como comércio ilegal de armas e munições, usando para isso uma empresa em nome de “laranjas”. O grupo criminoso, que contava também com o apoio de um Delegado da Polícia Civil da Paraíba, é investigado, ainda, pela prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Outra quadrilha de milicianos é formada por policiais civis, policiais militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos.
Os três grupos criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e munições.
Cooperação
A investigação, coordenada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, começou há cerca de um ano e sua execução contou com a participação do COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal) e dos GPIs (Grupos de Pronta Intervenção da Polícia Federal) de diversos estados.
As provas obtidas no curso das investigações devem ajudar na elucidação de vários homicídios praticados por todo o estado da Paraíba. Ações de Inteligência permitiram, inclusive, evitar execuções que seriam praticadas pela milícia.
Será realizada entrevista coletiva no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, às 9h30, localizada na BR 230, Km 7, Praia de Ponta de Campina, Cabedelo/PB.
WSCOM Online
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