sábado, 31 de agosto de 2013

PROGRAMA DE INCLUSÃO DIGITAL (PID) EM MAMANGUAPE





Mamanguape é um município brasileiro
sede da Região Metropolitana do Vale do Mamanguape, 
no estado da Paraíba. Sua população em 2012 foi estimada pelo IBGE 
em 42.537 habitantes, distribuídos em 349 km² de área

REUNIÃO DO PROGRAMA DE INCLUSÃO  DIGITAL (PID) 

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

MAMANGUAPE

SECRETARIO EXECUTIVO DO CONSELHO


ANA MARIA- COORDENADORA DO PID



O Programa de Inclusão Digital dos Conselhos de Saúde tem como objetivo garantir o acesso a computadores conectados à internet aos conselhos de saúde presentes no Cadastro Nacional de Conselhos de Saúde.  Para que os conselheiros estaduais e municipais de saúde dos conselhos integrantes do Cadastro Nacional de Conselhos de Saúde tenham acesso a equipamentos de informática,
a conectividade 

e sejam formados para o exercício do controle social. 

Garantindo a formação dos conselheiros de saúde em informática, controle social, comunicação e informação em saúde, possibilitando o acesso às informações do SUS.




Carta aos médicos cubanos

DAVID OLIVEIRA DE SOUZA
TENDÊNCIAS/DEBATES
A vinda de médicos cubanos ao Brasil é irregular?
NÃO
Carta aos médicos cubanos
Bem-vindos, médicos cubanos. Vocês serão muito importantes para o Brasil. A falta de médicos em áreas remotas e periféricas tem deixado nossa população em situação difícil. Não se preocupem com a hostilidade de parte de nossos colegas. Ela será amplamente compensada pela acolhida calorosa nas comunidades das quais vocês vieram cuidar.
A sua chegada responde a um imperativo humanitário que não pode esperar. Em Sergipe, por exemplo, o menor Estado do Brasil, é fácil se deslocar da capital para o interior. Ainda assim, há centenas de postos de trabalho ociosos, mesmo em unidades de saúde equipadas e em boas condições.
Caros colegas de Cuba, é correto que nós médicos brasileiros lutemos por carreira de Estado, melhor estrutura de trabalho e mais financiamento para a saúde. É compreensível que muitos optemos por viver em grandes centros urbanos, e não em áreas rurais sem os mesmos atrativos. É aceitável que parte de nós não deseje transitar nas periferias inseguras e sem saneamento. O que não é justo é tentar impedir que vocês e outros colegas brasileiros que podem e desejam cuidar dessas pessoas façam isso. Essa postura nos diminui como corporação, causa vergonha e enfraquece nossas bandeiras junto à sociedade.
Talvez vocês já saibam que a principal causa de morte no Brasil são as doenças do aparelho circulatório. Temos um alto índice de internações hospitalares sensíveis à atenção primária, ou seja, que poderiam ter sido evitadas por um atendimento simples caso houvesse médico no posto de saúde.
Será bom vê-los diagnosticar apenas com estetoscópio, aparelho de pressão e exames básicos pais e mães de família hipertensos ou diabéticos e evitar, assim, que deixem seus filhos precocemente por derrame ou por infarto.
Será bom vê-los prevenindo a sífilis congênita, causa de graves sequelas em tantos bebês brasileiros somente porque suas mães não tiveram acesso a um médico que as tratasse com a secular penicilina.
Será bom ver o alívio que mães ribeirinhas ou das favelas sentirão ao vê-los prescrever antibiótico a seus filhos após diagnosticar uma pneumonia. O mesmo vale para gastroenterites, crises de asma e tantos diagnósticos para os quais bastam o médico e seu estetoscópio.
Não se pode negar que vocês também enfrentarão problemas. A chamada "atenção especializada de média complexidade" é um grande gargalo na saúde pública brasileira. A depender do local onde estejam, a dificuldade de se conseguir exame de imagem, cirurgias eletivas e consultas com especialista para casos mais complicados será imensa. Que isso não seja razão para desânimo. A presença de vocês criará demandas antes inexistentes e os governos serão mais pressionados pelas populações.
Para os que ainda não falam o português com perfeição, um consolo. Um médico paulistano ou carioca em certos locais do Nordeste também terá problemas. Vai precisar aprender que quando alguém diz que está com a testa "xuxando" tem, na verdade, uma dor de cabeça que pulsa. Ou ainda que um peito "afulviando" nada mais é do que asia. O útero é chamado de "dona do corpo". A dor em pontada é uma dor "abiudando" (derivado de abelha).
Já atuei como médico estrangeiro em diversos países e vi muitas vezes a expressão de alívio no rosto de pessoas para as quais eu não sabia dizer sequer bom dia --situação muito diferente da de vocês, já que nossos idiomas são similares.
O mais recente argumento contra sua vinda ao nosso país é o fato de que estariam sendo explorados. Falou-se até em trabalho escravo. A Organização Pan-americana de Saúde (Opas) com um século de experiência, seria cúmplice, já que assinou termo de cooperação com o governo brasileiro.
Seus rostos sorridentes nos aeroportos negam com veemência essas hipóteses. Em nome de nosso povo e de boa parte de nossos médicos, só me resta dizer com convicção: Um abraço fraterno e muchas gracias.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde


http://youtu.be/FoFJYwFmspo

http://conselho.saude.gov.br/web_siacs/index.html


Apresentação
______________________________________________________________________________________
               O Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde é mais uma ferramenta de comunicação e informação para contribuir com a efetividade do Controle Social.
               Todos os conselhos devem realizar seu cadastro. Criando uma única rede de dados dos 5.569 conselhos municipais, dos 26 estaduais, do Distrito Federal e dos 36 conselhos distritais de saúde indígena junto ao Conselho Nacional de Saúde e ao Ministério da Saúde.
               O Siacs resultará em um retrato detalhado dos conselhos de saude de todo o País, mostrando a composição dos colegiados e o cumprimento de normas legais relacionadas ao Sistema Único de Saúde.
               Cadastre o Conselho de Saúde de sua localidade. O Brasil que conhecer você.
               Seu conselho funciona ou não em sua própria sede? Os conselheiros recebem capacitação? Como é a infraestrutura? As informações que você vai inserir aqui vão servir para que conheçamos as condições de funcionamento dos conselhos de saúde no Brasil e possamos nos organizar para melhorá-las.
               A prefeitura do seu município ou o governo de seu estado contemplam recursos direcionados para o seu conselho de saúde no seu orçamento? Se isso acontece, seu conselho tem dotação orçamentária própria.
______________________________________________________________________________________

domingo, 25 de agosto de 2013

Cirurgias reparadoras em mulheres vítimas de violência

PMJP realiza primeiras cirurgias reparadoras em mulheres vítimas de
violência

24/08/2013 | 18h10min

A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) realizará, na próxima segunda-feira (26), as duas primeiras cirurgias reparadoras em mulheres vítimas de violência. A iniciativa é pioneira na Paraíba e busca proporcionar melhor qualidade de vida e resgate da autoestima às mulheres que ficaram com sequelas físicas resultantes de agressões.


As cirurgias serão realizadas no horário da noite no Hospital Municipal Santa Isabel, no bairro de Tambiá. A ação envolve uma parceria entre a Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o Hospital Napoleão Laureano.


A secretária da SEPPM, Socorro Borges, explica que nesses últimos meses foram realizados procedimentos de avaliação e encaminhamentos das mulheres que necessitam da intervenção cirúrgica. “Esta é uma ação por parte do Município que garante um direito efetivo às mulheres que, mesmo saindo do ciclo de violência, continuam com as cicatrizes da agressão. As
cirurgias reparadoras vão proporcionar um novo momento e maior autoestima na vida dessas mulheres”, afirmou.


Na tarde da segunda-feira, às 17h30, a gestora, juntamente com o secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, fará uma visita às duas primeiras mulheres que farão as cirurgias. Eles serão acompanhados pela diretora do Hospital Santa Isabel, Aleuda Nágila.



Beneficiadas - Para terem acesso, serão prioritariamente beneficiadas as mulheres que comprovem que residem no município de João Pessoa e que apresentem documentos oficiais que comprovem que as sequelas são consequências das agressões sofridas.



As mulheres a serem beneficiadas também precisam ser encaminhadas pelo Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, serviço da rede municipal que acompanha e fornece apoio e assistência a mulheres em situação de violência. “É importante entender que essas cirurgias são necessárias não levando em conta apenas questão apenas estética, mas significa mais uma etapa de superação para essas mulheres que convivem com as marcas físicas e, algumas ainda, psicológicas das agressões cometidas pelos antigos companheiros”, explicou Liliane de Oliveira, coordenadora do Centro de Referência.


Encaminhadas pelo Centro, elas são atendidas no Hospital Santa Isabel, onde recebem acolhimento de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, ginecologistas, fisioterapeutas, cirurgiões gerais e cirurgiões plásticos.


Após a realização da cirurgia, elas ainda precisam passar por um procedimento de betaterapia, um tratamento que utiliza energia emitida por elétrons para prevenir a formação de quelóide e cicatriz hipertrófica, realizado no Hospital Napoleão Laureano.
Secom-JP 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

RESGATAR O PACS

Estamos, mais uma vez, reféns da classe médica que, como sempre, dita regras, visando apenas seus interesses e argumentando que “não faltam profissionais médicos e sim estrutura para atendimentos”. Quando as entidades médicas argumentam que não possuem boas condições de trabalho, estão se referindo às estruturas do SUS e esquecem que muitos dos hospitais e consultórios privados também não oferecem mínimas condições de atendimentos e humanização, pois hoje privados ou públicos estão no mesmo patamar de péssimos atendimentos.
Refletindo, então, sobre como encontramos os serviços de saúde hoje no Brasil, especificamente a Atenção Básica, sentimos falta do programa do PACS, implantado na década de 1970 como uma importante estratégia na consolidação do SUS, onde as principais ações se davam por meio dos Agentes Comunitários de Saúde, com desenvolvimento de ações de prevenção a doenças e promoção à saúde, nos domicílios e comunidade, sob supervisão de uma Enfermeira. Talvez este programa tivesse relevância por não ter tido o profissional médico como parte da equipe e sim apenas como referência para os agravos identificados.
Pensando a atenção primária como porta de entrada para os serviços de saúde e como um trabalho efetivo de promoção à saúde, devemos começar a pensar em resgatar o PACS, deixando adormecido o PSF, enquanto não formamos profissionais médicos em saúde da família, como os médicos cubanos. A oferta para profissionais médicos com certeza seria minimizada e acabaríamos com toda essa guerra entre médicos e governo.