quarta-feira, 7 de agosto de 2013

RESGATAR O PACS

Estamos, mais uma vez, reféns da classe médica que, como sempre, dita regras, visando apenas seus interesses e argumentando que “não faltam profissionais médicos e sim estrutura para atendimentos”. Quando as entidades médicas argumentam que não possuem boas condições de trabalho, estão se referindo às estruturas do SUS e esquecem que muitos dos hospitais e consultórios privados também não oferecem mínimas condições de atendimentos e humanização, pois hoje privados ou públicos estão no mesmo patamar de péssimos atendimentos.
Refletindo, então, sobre como encontramos os serviços de saúde hoje no Brasil, especificamente a Atenção Básica, sentimos falta do programa do PACS, implantado na década de 1970 como uma importante estratégia na consolidação do SUS, onde as principais ações se davam por meio dos Agentes Comunitários de Saúde, com desenvolvimento de ações de prevenção a doenças e promoção à saúde, nos domicílios e comunidade, sob supervisão de uma Enfermeira. Talvez este programa tivesse relevância por não ter tido o profissional médico como parte da equipe e sim apenas como referência para os agravos identificados.
Pensando a atenção primária como porta de entrada para os serviços de saúde e como um trabalho efetivo de promoção à saúde, devemos começar a pensar em resgatar o PACS, deixando adormecido o PSF, enquanto não formamos profissionais médicos em saúde da família, como os médicos cubanos. A oferta para profissionais médicos com certeza seria minimizada e acabaríamos com toda essa guerra entre médicos e governo.


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