segunda-feira, 14 de outubro de 2013

40% DAS MULHERES RURAIS NÃO TÊM RENDIMENTOS PRÓPRIOS NA AMÉRICA LATINA E CARIBE

40% DAS MULHERES RURAIS NÃO TÊM RENDIMENTOS PRÓPRIOS NA AMÉRICA LATINA E CARIBE

FAO adverte sobre a grande quantidade de mulheres que trabalham na agricultura sem receber pagamento

Santiago do Chile, 08 de julho de 2013 – São necessárias urgentemente políticas específicas para as trabalhadoras na agricultura familiar não remuneradas, assinalou hoje a FAO.
De acordo com a segunda Nota de Política sobre as Mulheres Rurais da FAO, a porcentagem de mulheres rurais maiores de 15 anos que não tem rendimentos próprios pode chegar a até 70% em alguns países.
As trabalhadoras agrícolas familiares não remuneradas constituem um universo invisível e sem apoio direto, apesar de serem mais numerosas do que as trabalhadoras remuneradas, e do fato de que seu aporte produtivo e à segurança alimentar ser fundamental.
“É importante destacar que em muitos casos a jornada de trabalho das mulheres não remuneradas é maior que a das mulheres que são responsáveis pelas atividades agrícolas”, explicou Soledad Parada, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
A maioria das mulheres classificadas como inativas produz para o auto-consumo
As mulheres que trabalham na agricultura de forma não remunerada constituem o universo mais numeroso mas também o menos conhecido de mulheres dedicadas às atividades agrícolas.
Elas são em sua maioria trabalhadoras invisíveis para as estatísticas oficiais, já que se classificam como inativas, apesar de efetivamente trabalharem. Em média, na região, 56% das mulheres rurais maiores de 15 anos se registra como população inativa. Porém, segundo as pesquisas de uso do tempo, 60% das mulheres ‘inativas’ no Equador e 50% na Guatemala e México produzem alimentos para o consumo de suas famílias.
Segundo a FAO, 82% das mulheres agrícolas não remuneradas vivem em residências cuja renda provêm exclusivamente da atividade agrícola, 14% em domicílios de renda mista, 3% vive em locais de renda não agrícola e o 1% restante em domicílios que dependem de transferências do Estado. Os censos dos anos de 2006 e 2007 mostram que as mulheres não remuneradas representam de 1 a duas vezes o número de mulheres chefiando as atividades agrícolas.
“O primeiro desafio é fortalecer sua voz para que os Estados desenvolvem políticas de apoio produtivo e de proteção social que atendam suas necessidades como mulher produtora e como integrante de uma família”, explicou Parada.


Contacto de prensa: 
Benjamín Labatut – Oficina Regional de la FAO para América Latina y el Caribe
Tel: (0056 +2) 2 923 2174
E-mail: benjamin.labatut@fao.org 
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