sábado, 13 de abril de 2013

Margareth Thatcher e as mulheres


Margareth Thatcher e as mulheres

Por Deise Recoaro



Margareth Thatcher era mulher? Sim, com certeza. Sofria discriminação por isto? Provavelmente no meio em que ela vivia teve que enfrentar o preconceito. É uma referência para as mulheres do mundo? Não, isto não. Pode até ser para um grupo muito seleto de mulheres, mas para grande maioria ela prestou um desserviço.

A Dama de Ferro levou este apelido não foi por acaso. Ela virou símbolo do neoliberalismo no mundo, uma das políticas mais perversas para classe trabalhadora e em especial para as mulheres. Pois toda política de redução do Estado, de privatizações, de cortes nos gastos públicos e de ataques aos direitos sindicais recaem com mais intensidade sobre as mulheres, porque somos nós as principais usuárias e dependentes destes serviços e direitos.

Felizmente, temos outros exemplos de mulheres à frente de nações que fizeram e fazem a diferença. Que elevaram a nossa autoestima, que mudaram a vida de muitas trabalhadoras onde atuaram e atuam e que nos enchem de orgulho. Refiro-me especialmente à Michelle Bachelet e à Dilma Rousseff. 

As mulheres, sem sombra de dúvida, são as principais interessadas e serão as mais beneficiadas com as mudanças e, por que não dizer, com a revolução social e política no mundo. Devemos ser as principais defensoras da democracia e do socialismo, para inverter a lógica selvagem da relação de exploração do trabalho e de mercantilização da vida.

Portanto, não basta ser mulher para estar nos postos e cargos de mando. Precisamos de mulheres comprometidas com a classe trabalhadora. Comprometidas com a luta histórica de superação das desigualdades, do combate à violência e por mais participação nos espaços políticos.

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