quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Paraíba tem mais de quatro mil processos de violência doméstica





ALERTA: Paraíba tem mais de quatro mil processos de violência doméstica

Em menos de um ano, os dois Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher já acumulam mais de 2.900 processos ativos. Em João Pessoa são 1.903 e em Campina Grande são 1.033 feitos em tramitação. Esses dados se tornam mais preocupantes quando se constata que foram distribuídos nos juizados durante o período um total de 4.142, de números foram levantados no sistema de informática do Tribunal de Justiça.

 

Instalado em 3 de outubro do ano passado, o Juizado de Campina Grande iniciou os trabalhos com quase 760 processos e, até o dia 3 de agosto deste ano, já havia um total de 1.755 feitos distribuídos. Ou seja, em menos de um ano, o número de vítimas que judicializaram a violência sofrida mais do que dobrou. “Antes, mais de 50% das vítimas desistiam de seguir com a Ação, quando tomavam conhecimento de todo o procedimento criminal desenvolvido a partir da denúncia”, afirmou a magistrada Renata Barros de Assunção Paiva, titular do Juizado de CG.

 

Ainda segundo a juíza, a segurança trazida com a estrutura do Juizado para que as vítimas tenham seus direitos respeitados é o fator decisivo para esse aumento, até mesmo porque a intenção da equipe multidisciplinar que foi criada é de trabalhar também com o agressor, para que ele se conscientize da conduta criminosa praticada.

 

No Juizado de João Pessoa, com apenas seis meses de funcionamento, foram distribuídos 2.387 ações. No Juizado há um trabalho conjunto com a participação de vários segmentos da sociedade, a exemplo da Rede de Combate à Violência contra a Mulher .Além disso, foi criada pelo desembargador-presidente Abraham Lincoln da Cunha Ramos a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência, através da Resolução nº 18/2012, com o objetivo de elaborar sugestões para o aprimoramento da estrutura de combate à violência no âmbito do Judiciário e, recentemente, alarmada com o crescente número de mulheres violentadas na Paraíba, a desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti reuniu um grupo de órgãos e entidades em defesa da mulher para instalar na Paraíba o Grupo de Gestão Integrada de Gêneros (GGIG).


Assessoria  

Nenhum comentário:

Postar um comentário