segunda-feira, 11 de março de 2013

Violência contra mulher é tema de campanha

CIDADES
Matéria do Jornal da Paraíba

Violência contra mulher é tema de campanha

Campanha orienta profissionais do Complexo Hospitalar Governador Tarcísio Burity a notificar casos de violência contra a mulher.

Felipe Gesteira
Dados do Complexo Hospitalar revelam que, no ano passado, foram atendidas 260 mulheres vítimas da violência

Uma campanha para conscientizar os profissionais de saúde e usuários do Complexo Hospitalar Governador Tarcísio Burity, no bairro Mangabeira, em João Pessoa, foi lançada ontem, para chamar a atenção sobre a importância da notificação no atendimento às mulheres vítimas da violência.

Até o último mês de fevereiro, já foram registradas 26 notificações deste tipo na unidade de saúde.
Para iniciar a campanha 'Notificar é Cuidar', funcionários da direção do hospital distribuíram aos profissionais de saúde que atendem no setor de urgência, flores e um modelo da ficha de atendimento específica para as pacientes vítimas da violência.
Dados do Complexo Hospitalar revelam que, no ano passado, foram atendidas 260 mulheres vítimas da violência, sendo a maior parte dos casos identificados como agressão física.
Na ficha de notificação, além dos dados para identificação das vítimas, constam ainda questionários para investigar o tipo da violência, como violência física, psicológica, sexual, tortura, além do tipo da lesão, dados do provável autor e, ainda, evolução do quadro da vítima.
De acordo com dados do Complexo Hospitalar de Mangabeira, após colhidas as informações com as pacientes, elas recebem, ainda, atendimento psicológico e são acompanhadas por assistentes sociais.
“Essa ação já existe aqui no hospital e nós vamos intensificar durante este mês para chamar atenção sobre a importância da notificação dos casos. Sabemos que a violência é bem maior do que os números que aparecem. Então, essas notificações ajudarão a combater o problema e também servirão como base para a criação de políticas públicas”, explicou a diretora do hospital, Adriana Lobão.
Ainda de acordo com a diretora, as notificações podem servir, ainda, como prova para inquéritos policiais na punição dos agressores. Os dados serão encaminhados para a Secretaria Municipal de Saúde e, posteriormente, encaminhados para o Ministério da Saúde para auxiliar na rede de proteção feminina.

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