quinta-feira, 10 de maio de 2012

Violência praticada contra mulheres na Paraíba está crescendo.

 violência praticada contra mulheres na Paraíba está crescendo.


Pelo menos é essa a constatação que se pode encontrar, após análise dos dados do ‘Centro da Mulher 8 de Março’. Dos nove tipos de crimes registrados pela entidade este ano, em seis deles houve crescimento de ocorrências em relação aos quatro primeiros meses de 2011. Os crimes de estupro tiveram aumento de 316% no mesmo período, além de crescimento nas tentativas de estupro contra mulheres, adolescentes e crianças.

Na madrugada dessa terça-feira, Cristiane Gomes da Silva, de 33 anos, moradora do bairro Jeremias, em Campina Grande, foi mais uma vítima de espancamento pelo companheiro. O caso foi registrado no Hospital de Trauma, onde a vítima deu entrada em estado grave com vários hematomas, sendo liberada na manhã de ontem. Até o fechamento desta edição, não havia registro na Delegacia da Mulher sobre o caso.

As lesões em Cristiane podem ser caracterizadas como agressão ou até mesmo tentativa de homicídio, segundo a delegacia especializada. Esses dois tipos de crime na Paraíba tiveram um aumento em relação aos quatro primeiros meses de 2011, de 160% e de 130%, respectivamente, segundo estatística da organização Centro 8 de Março. De janeiro a abril, foram 40 casos de agressão e 30 casos de tentativa de homicídio contra mulheres.

O aumento de ocorrências é ainda mais expressivo, no mesmo período do ano anterior, nos crimes de estupro contra mulheres (crescimento de 316%) e tentativas de estupro contra mulheres (saltando de um para oito casos registrados), adolescentes (de 0 para 9 casos) e crianças (de 0 para 12 casos).

A presidente do Centro 8 de Março, Irene Jerônimo, acredita que estes crimes ocorrem por uma visão machista no Brasil e muito arraigada na cultura nordestina e sertaneja. De acordo com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano, existem abrigos que acolhem vítimas de violência contra a mulher na Paraíba: a Casa Abrigo, em João Pessoa, além do Centro de Referência da Mulher.

JP Online

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