violência praticada contra mulheres na Paraíba está crescendo.

Na madrugada dessa terça-feira, Cristiane Gomes da Silva, de 33 anos, moradora do bairro Jeremias, em Campina Grande, foi mais uma vítima de espancamento pelo companheiro. O caso foi registrado no Hospital de Trauma, onde a vítima deu entrada em estado grave com vários hematomas, sendo liberada na manhã de ontem. Até o fechamento desta edição, não havia registro na Delegacia da Mulher sobre o caso.
As lesões em Cristiane podem ser caracterizadas como agressão ou até mesmo tentativa de homicídio, segundo a delegacia especializada. Esses dois tipos de crime na Paraíba tiveram um aumento em relação aos quatro primeiros meses de 2011, de 160% e de 130%, respectivamente, segundo estatística da organização Centro 8 de Março. De janeiro a abril, foram 40 casos de agressão e 30 casos de tentativa de homicídio contra mulheres.
O aumento de ocorrências é ainda mais expressivo, no mesmo período do ano anterior, nos crimes de estupro contra mulheres (crescimento de 316%) e tentativas de estupro contra mulheres (saltando de um para oito casos registrados), adolescentes (de 0 para 9 casos) e crianças (de 0 para 12 casos).
A presidente do Centro 8 de Março, Irene Jerônimo, acredita que estes crimes ocorrem por uma visão machista no Brasil e muito arraigada na cultura nordestina e sertaneja. De acordo com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano, existem abrigos que acolhem vítimas de violência contra a mulher na Paraíba: a Casa Abrigo, em João Pessoa, além do Centro de Referência da Mulher.
JP Online
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