quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ISSO É UM EQUIVOCO DO PT? OU ALGUÉM PODE ME EXPLICAR?


NOVO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA DE NITERÓI É O 22º TIRO NA JUÍZA PATRÍCIA ACIOLI 

Foi com muita perplexidade que li a nota informando que o primeiro secretário anunciado para a futura gestão do prefeito eleito de Niterói, Rodrigo Neves (PT) foi o tenente-coronel PM Paulo Henrique Azevedo de Moraes, conforme notícia da coluna de Gilson Monteiro, publicada domingo no jornal O Globo, caderno Niterói. A indicação, segundo o jornal, foi após um encontro com o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança Pública Joé Mariano Beltrame. O oficial foi confirmado ontem como o novo Secretário de Segurança de Niterói. Foi ele o responsável técnico por julgar desnecessária a escolta para uma juíza tantas vezes ameaçada quando era lotado no Departamento Geral de Segurança Institucional (DGSEI) do Tribunal de Justiça. Ele assina vários documentos desprezando os apelos da magistrada. Documentos públicos que foram referendados pelos desembargadores Murta Ribeiro (2007 a 2009) e Luiz Zveiter (2009-2011), ambos presidentes do Tribunal de Justiça nos respectivos biênios. O oficial também era o comandante do 12° BPM (Niterói) por ocasião do assassinato da magistrada, com 21 tiros, na porta de casa, em Piratininga, na noite de 11 de agosto de 2011. Ele foi afastado do cargo após o fato, juntamente com o amigo e ex-comandante do 7° BPM (São Gonçalo), tenente-coronel Cláudio Oliveira, apontado como mandante do crime e que está preso fora do estado. No curso das investigações da Divisão de Homicídios (DH), ficou provada a "parceria criminosa" envolvendo policiais dos dois batalhões. O homem que apontou o endereço da juíza e abriu caminho para seus algozes foi o soldado Handerson Lents, lotado no batalhão de Niterói, comandado à época por Paulo Henrique. O supervisor de oficiais do 12º BPM na noite do crime, coincidentemente, era um tenente com ligações pessoais com os réus e chegou a ser investigado como mais um possível envolvido na morte da juíza. Ele ficou de fora do relatório final da DH por um milímetro. Paulo Henrique e a juíza mantinham uma relação conflituosa, testemunhada por servidores da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde ela era titular. O oficial chegou a descumprir uma ordem da magistrada para retirar das ruas 5 PMs do 12º BPM que eram réus na 4ª Vara. A determinação da juíza só foi cumprida após a morte dela. A escolha desse oficial para a Secretaria de Segurança de Niterói deixa nossa família ainda mais insegura porque estamos às vésperas do primeiro julgamento dos 11 acusados, marcado para 4 de dezembro. Patrícia era nascida e criada em Niterói. Lá residem sua mãe, uma irmã, seus filhos, sobrinhos, primos e tios. Paulo Henrique também é de Niterói e mantém estreitas relações com o desembargador LUIZ ZVEITER, a quem serviu no DGSEI. Cabe lembrar que o desembargador é alvo de investigação pelo CNJ no caso da omissão da escolta da juíza. Como secretário de Segurança, será o tenente-coronel Paulo Henrique o responsável pela Guarda Municipal de Niterói, que tem membros inscritos no conselho de sentença e podem até participar do julgamento do caso. Ou seja, parte dos jurados sob o comando de Paulo Henrique pode julgar os réus, inclusive o seu amigo Cláudio Oliveira e seu subordinado no 12º BPM, Handerson Lents. Em janeiro, quando serão julgados mais três PMs acusados de matarem Patrícia, Paulo Henrique já terá tomado posse. Essa nomeação equivale a mais um tiro no cadáver sepulto da juíza. Uma total falta de sensibilidade política e de apreço à magistrada, que deu sua vida para escancarar a podridão que emana de parte da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Uma decisão que privilegia interesses políticos e despreza a memória de Patrícia Acioli, que nasceu e morreu na cidade que sempre amou, mas nunca mereceu uma homenagem da Prefeitura de Niterói. 

HUMBERTO NASCIMENTO LOURIVAL - jornalista e primo da juíza Patrícia Lourival Acioli
NOVO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA DE NITERÓI É O 22º TIRO NA JUÍZA PATRÍCIA ACIOL

Foi com muita perplexidade que li a nota informando que o primeiro secretário an
unciado para a futura gestão do prefeito eleito de Niterói, Rodrigo Neves (PT) foi o tenente-coronel PM Paulo Henrique Azevedo de Moraes, conforme notícia da coluna de Gilson Monteiro, publicada domingo no jornal O Globo, caderno Niterói. A indicação, segundo o jornal, foi após um encontro com o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança Pública Joé Mariano Beltrame. O oficial foi confirmado ontem como o novo Secretário de Segurança de Niterói. Foi ele o responsável técnico por julgar desnecessária a escolta para uma juíza tantas vezes ameaçada quando era lotado no Departamento Geral de Segurança Institucional (DGSEI) do Tribunal de Justiça. Ele assina vários documentos desprezando os apelos da magistrada. Documentos públicos que foram referendados pelos desembargadores Murta Ribeiro (2007 a 2009) e Luiz Zveiter (2009-2011), ambos presidentes do Tribunal de Justiça nos respectivos biênios. O oficial também era o comandante do 12° BPM (Niterói) por ocasião do assassinato da magistrada, com 21 tiros, na porta de casa, em Piratininga, na noite de 11 de agosto de 2011. Ele foi afastado do cargo após o fato, juntamente com o amigo e ex-comandante do 7° BPM (São Gonçalo), tenente-coronel Cláudio Oliveira, apontado como mandante do crime e que está preso fora do estado. No curso das investigações da Divisão de Homicídios (DH), ficou provada a "parceria criminosa" envolvendo policiais dos dois batalhões. O homem que apontou o endereço da juíza e abriu caminho para seus algozes foi o soldado Handerson Lents, lotado no batalhão de Niterói, comandado à época por Paulo Henrique. O supervisor de oficiais do 12º BPM na noite do crime, coincidentemente, era um tenente com ligações pessoais com os réus e chegou a ser investigado como mais um possível envolvido na morte da juíza. Ele ficou de fora do relatório final da DH por um milímetro. Paulo Henrique e a juíza mantinham uma relação conflituosa, testemunhada por servidores da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde ela era titular. O oficial chegou a descumprir uma ordem da magistrada para retirar das ruas 5 PMs do 12º BPM que eram réus na 4ª Vara. A determinação da juíza só foi cumprida após a morte dela. A escolha desse oficial para a Secretaria de Segurança de Niterói deixa nossa família ainda mais insegura porque estamos às vésperas do primeiro julgamento dos 11 acusados, marcado para 4 de dezembro. Patrícia era nascida e criada em Niterói. Lá residem sua mãe, uma irmã, seus filhos, sobrinhos, primos e tios. Paulo Henrique também é de Niterói e mantém estreitas relações com o desembargador LUIZ ZVEITER, a quem serviu no DGSEI. Cabe lembrar que o desembargador é alvo de investigação pelo CNJ no caso da omissão da escolta da juíza. Como secretário de Segurança, será o tenente-coronel Paulo Henrique o responsável pela Guarda Municipal de Niterói, que tem membros inscritos no conselho de sentença e podem até participar do julgamento do caso. Ou seja, parte dos jurados sob o comando de Paulo Henrique pode julgar os réus, inclusive o seu amigo Cláudio Oliveira e seu subordinado no 12º BPM, Handerson Lents. Em janeiro, quando serão julgados mais três PMs acusados de matarem Patrícia, Paulo Henrique já terá tomado posse. Essa nomeação equivale a mais um tiro no cadáver sepulto da juíza. Uma total falta de sensibilidade política e de apreço à magistrada, que deu sua vida para escancarar a podridão que emana de parte da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Uma decisão que privilegia interesses políticos e despreza a memória de Patrícia Acioli, que nasceu e morreu na cidade que sempre amou, mas nunca mereceu uma homenagem da Prefeitura de Niterói. 

HUMBERTO NASCIMENTO LOURIVAL - jornalista e primo da juíza Patrícia Lourival Acioli

3 comentários:

  1. Se ele foi escolhido para o cargo é por que deve ser um ótimo profissional. O caso da Juíza não estar com escolta foi uma fatalidade.

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    1. É uma pena, que chegamos a este ponto. Essa é a Escola do Joaquim Barbosa.

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  2. que absurdo!! será que o PT irá manter essa nomeação?? espero que não.

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